segunda-feira, 2 de junho de 2014




O QUE ACONTECEU COM O VOO 370 DA MALAYSIA AIRLINES? - PARTE 2




Leninha, Maria Rita, Kaká, Alicinha, Tavinho e Belinha, todos estavam tão envolvidos com o misterioso desaparecimento do voo 370 da Malaysia, que nem a pausa para o lanchinho foi capaz de esfriar a discussão.

Enquanto o Tavinho abocanhava um pedaço de baguete recheado com salaminho italiano e queijo, pensativo ele comentou:

- Sabe Leninha interessante o que você falou sobre o desaparecimento ter a ver com um fenômeno equivalente ao do Triângulo das Bermudas!

- O que eu chamei de Triângulo dos Dragões? 

- Isso mesmo. Daria pra explicar algumas coisas...

- Ah, mas daí seria especular demais, rebateu o Kaká.

- Mas explicaria porque todos os aparelhos da aeronave simplesmente desapareceram dos sistemas de radar e satélite. Vejam, o transponder do avião - um sistema de sinais que identifica o avião para o radar - sem qualquer razão aparente, simplesmente parou de emitir sinais a cerca de uma hora de voo, esclareceu o Tavinho.

- Poderia ter sido desligado pela ação humana, contestou o Kaká.

- Ora mas para fazer isso, alguém na cabine do piloto teria que pressionar e girar um botão com seleções múltiplas até a posição ‘off’; não é tão simples assim, exige conhecimento, complementou o Tavinho.

- Isso é algo que um piloto saberia fazer ou alguém com conhecimento nesse tipo de aeronave, concorda comigo?, concluiu o Kaká.

- A considerar isso, estaríamos diante da teoria da conspiração. O piloto? A troco de que? Se outra pessoa, quem teria acesso à cabine?, questionou Maria Rita.

- Nesse caso seria forte a suspeita de sequestro em pleno voo, disse com interesse Alicinha.

- No entanto, tem mais... Uma parte do sistema Acars, que informa e manda mensagens de anomalias, falhas ou desligamento do avião também não funcionou. Parou como o transponder. Ele é responsável por enviar mensagens curtas via satélite ou via frequência de rádio para a base, completou o Tavinho.

- Poderia ter sido desligado da mesma forma, rebateu novamente o Kaká.

- Pois é, só que a parte de informação parou de funcionar, mas não a parte de transmissão. Na maioria dos aviões, a parte de informação do sistema pode ser desligada acionando interruptores da cabine do avião, esclareceu o Tavinho.

- Isso também é algo que o piloto poderia fazer ou alguém que tivesse assumido o comando da aeronave, disse o Kaká. 

- Concordo. Para desligar a outra parte do Acars, seria necessário ir a uma baia eletrônica abaixo da cabine do piloto. Isso é algo que o piloto normalmente não saberia como fazer, e que não foi feito no caso do avião da Malásia. O transmissor Acars continuou a mandar ‘pulsos’, que foram gravados por satélite, por quatro a cinco horas depois que o transponder foi desligado, acrescentou o Tavinho.

- Então, alguém que tivesse conhecimento disso e estivesse na cabine poderia ter desligado vários equipamentos de bordo. E esses ‘pulsos’ indicam o quê?, perguntou com interesse Leninha.

- Aí é que está. Os ‘pulsos’ não contêm nenhuma mensagem ou dado, mas o satélite pode identificar, de uma maneira muito ampla, de quais regiões os sinais vêm e ajustar o ângulo de sua antena para receber a mensagem no caso do Acars enviar. Ou seja: com a leitura dos dados do satélite seria possível identificar a região onde o avião estava quando o último pulso foi enviado, afirmou o Tavinho.

- O que não aconteceu, concluiu Maria Rita.

- Exatamente. O que não aconteceu até hoje. E tem mais, segundo se apurou depois que o transponder foi desligado e o radar de base perdeu o avião, um radar militar da Malásia continuou acompanhando o Boeing. Ele foi monitorado ao longo de uma rota de voo conhecida na península, até que se afastou da costa e desapareceu do radar, continuou o Tavinho.

- Mas que coisa! Cada vez essa história fica mais esquisita!, disse Leninha.

- Li algumas teorias sobre o misterioso Triângulo das Bermudas, conhecido como o lugar onde navios e aviões simplesmente desaparecem sem deixar rastro, pontuou Belinha.

- Sério Bela? Alguma dessas teorias se encaixam no desaparecimento do voo da Malásia?, perguntou uma aflita Alicinha.

- São várias as teorias. Uma delas fala da existência de atividades incomuns naquela área, uma espécie de ondas de energia interferindo nos mais avançados sistemas de navegação,  fazendo com que navios e aviões saiam de seu curso e atravessem uma espécie de portal para outra dimensão sem deixar qualquer vestígio. Uma viagem no tempo, mais ou menos como o que se viu em Lost...

- Bela, mas isso é inédito no mar da China, interrompeu o Kaká.

- Será? O quanto de informação daquela região chega para nós. Esse caso ganhou repercussão pelo número de desaparecidos, pela reação das famílias postando na internet. Agora todos silenciaram, assim como os passageiros que estavam naquele voo. Não é estranho?, arrematou o Tavinho.

- Outra teoria, seria a existência de “buracos azuis” em alguns lugares da Terra, uma outra espécie de portal, por onde supostamente aliens atravessariam para fazer abduções...

- Ai já é ir pro fantástico né Bela, disse um incrédulo Kaká.

- Mas se os restos, fragmentos ou evidências desse avião nunca forem encontrados, isso poderia explicar e significar, que alguma força totalmente nova, desconhecida, misteriosa e poderosa está atuando em nosso planeta, completou uma serena Belinha, com a sapiência de quem crê no imponderável e extraterreno.

- Já estou começando a sentir calafrios com essa história, disse Alicinha.

- Pois olhem. Eu sou mais pela teoria da conspiração mesmo. Até pela presença de 20 notáveis cientistas naquele avião, sendo quatro deles detentores dos direitos de uma patente pelo visto revolucionária na área da energia, que agora passou para as mãos de apenas um. Um ataque deliberado envolvendo guerra tecnológica ou de pirataria ou o nome que vocês queiram dar, concluiu o Kaká.

- E erro humano?, questionou Maria Rita.

- Não creio. Como já esclareci, mesmo que a aeronave tivesse tido uma pane ou o piloto e o copiloto sofrido um mal súbito, tudo ao mesmo tempo, o próprio computador de bordo enviaria informações ao controle de terra. De fato é mais plausível que o avião tenha sofrido um ataque deliberado no ar, e que isso possa ser até de conhecimento das autoridades da Malásia, porque uma coisa é certa, conforme o tempo passava cada um dizia uma coisa e não esclarecia nada. Como a Maria Rita já disse, é muito improvável que numa região tão amplamente monitorada por radares militares, nenhum radar tenha registrado o local exato do desaparecimento ou da queda ou da pane do avião, acrescentou o Kaká.

- Nesse caso, o avião poderia ter sido desviado para alguma ilha, não necessariamente abatido, em razão dos cientistas que estavam no voo, quem sabe até para trabalhar numa espécie de Projeto Dharma como em Lost, até com a conivência do governo da Malásia, daí a gama de informações desencontradas que não levaram a lugar algum, disse uma esperançosa Maria Rita.

- Uma ilha com pista de pouso para um Boeing e que nenhum radar ou satélite detectasse? Um pouco Lost demais não, Ritinha? cutucou o Kaká.

- Olha Kaká é tudo tão estranho nesse caso, que isso pode ser até inverossímil, mas não impossível, terminou por concluir Maria Rita. 

- Gente, pra mim o mistério continua. O fato de não ter havido nenhum sinal de socorro, numa aeronave tão bem equipada como disse o Tavinho, é estranho, muuuito estranho, arrematou Alicinha.

E... ao se darem conta, o tempo havia passado. Não encontraram respostas para o mistério do voo 370, talvez ninguém nunca encontre uma satisfatória ou talvez alguns a tenham, vai saber? 

Para encerrar a noite, ergueram as taças de vinho se despedindo até o próximo encontro. E assim, cada um seguiu para sua casa, pensando nas possibilidades e teorias sobre tão estranho desaparecimento...







“É com profunda tristeza e profundo pesar que devo informar que o voo MH370 acabou no sul do oceano Índico”. Foi com essa nota lacônica que o premiê da Malásia anunciou o desfecho para o voo, que saiu de Kuala Lumpur com destino a Pequim.

Segundo a reportagem da "New York Magazine", seu desaparecimento apoia-se na teoria de que o voo se transformou num 'voo fantasma', ou seja, um incêndio, despressurização ou algum outro evento levou o piloto a tentar um pouso de emergência, o que explicaria a mudança de rota feita pelo Boeing 777.

Antes que o pouso pudesse ser executado, diz a teoria, a tripulação teria ficado incapacitada, deixando os passageiros mortos ou à morte, voando sozinho sobre o oceano Índico, até que o combustível acabou e ele caiu.

Isso, contudo, não explica por que os computadores de bordo não emitiram qualquer sinal, ou, em caso de queda, não ter sido encontrado rastro ou vestígio do avião. Numa região onde se uma agulha se perder, ela certamente será encontrada e onde a China é capaz de encontrar uma bolinha de ping-pong no meio do oceano, saber que apesar do uso de equipamentos de localização altamente sofisticados e avançados pelos Estados Unidos e Rússia,  um Boeing desapareceu à vista de todos, é um mistério e tanto. No total 25 países participaram das buscas.



Shadow/Mariasun


 
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O QUE ACONTECEU COM O VOO 370 DA MALAYSIA AIRLINES?- PARTE 2 de MARIASUN MONTAÑÉS está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.



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