sexta-feira, 14 de novembro de 2014





DUPLA IDENTIDADE – EPISÓDIO 7




"EU PODERIA ENFORCAR UMA DÚZIA, ENQUANTO VOCÊ ESTÁ DISTRAÍDO"

Sétimo episódio. Já nos tornamos íntimos de Edu (Bruno Gagliasso), o serial killer, frio, metódico, meticuloso e impenetrável, colecionador de fotos e objetos de suas vítimas, dono de si, que se acha superior e capaz de driblar o cerco da policia. 

Vera (Luana Piovani) obstinada, caçadora de mentes assassinas, está convencida de que o assassino está perto da equipe e da investigação, e, resolve apostar na vaidade dele. Na certeza de que vai voltar a atacar, acaba jogando uma isca com a ajuda de sua assistente, Helga, como se conversassem sobre os locais que a policia está monitorando. 


Pra piorar, o Edu conhece Tati (Brenda Sabryna), a filha do delegado Dias (Marcello Novaes). Uma jovenzinha provocante e inconsequente, que não tem a menor noção do perigo e está louca por uma descarga de adrenalina.

Sem perder tempo, ela aceita sair com o Edu. Isso não vai prestar!!! Curiosa que só ela, não perde tempo: - Você tem namorada? Ele nega, óoobvio. - E você não tem medo do serial killer? E se ele fosse um bonitão? É nesse momento que em sua mente doente, ele imagina a ingênua criança como mais uma de suas vítimas. Ao voltar à realidade ainda diz: - Estou pensando como você é especial! Aiaiaiai... que agonia! O pessoal do sofá começa a se perguntar: Será que ela escapa? O que fará o delegado Dias?

Sabe-se lá porque cargas d’água, ele resolveu deixar a garota inteira em casa. Ao que parece a moçoila tem é muita sorte! - Quem é esse cara que te trouxe? (esse é o radar da mãe em ação). - Ele é um gato! - Quantos anos tem esse gato? Ahahaha... mães são todas iguais, até mesmo na ficção.

Após a entrega a domicílio Edu se prepara para ir à casa da Ray (Débora Falabella). Cuidadoso e sedutor, leva um presente para a pequena Larissa e uma garrafa de vinho para os dois. Olha que amor!!!  


Até que não se sabe se pela euforia do momento ou efeito do vinho ele acaba dizendo: - O senador me convidou para fazer parte de todos os eventos. Vou ficar famoso! Você quer se minha primeira dama? - Me empresta esse anel? Vou tirar a medida dele. - Você ainda quer casar comigo? É... ao que parece ele não percebeu o quanto ela é insana. Caso contrário, teria mais cuidado antes de fazer promessas à moça, porque qualquer deslize ou atitude fora do controle dela, é o bastante pra surtar.

Conversa vai, conversa vem, acabou caindo no assunto do momento: - Tá todo mundo apavorado com aquele serial killer. Ele é louco, doente. Viu não, saiu na internet! Mal sabe ela.... - Quero que você me prometa que não vai sair sozinha na rua, nem falar com estranho. Como é amoroso e cuidadoso, eu hein? Edu passa a noite com ela. Ao se vestir não tem como a gente deixar de notar a estampa nada discreta nas costas de sua camiseta. Ele sai e tromba no corredor justo com a amiga da Ray que, assim como o pessoal do sofá, não deixa de notar o desenho na camiseta.

Se alguém pensou que ele está indo pra casa ou para o trabalho, se enganou. Ele vai atrás de mais um pescoço, digo, de mais uma vítima. Novamente, uma boa ação é castigada. Uma prestativa e ingênua adolescente se dispõe a ajudar um estranho com o braço engessado, e acaba no porta-malas. Tadinha!

E como Edu está num jogo de gato e rato com a Vera, envia uma mensagem a ela indicando onde está sua última vítima. O local do crime é outro do costumeiro e ele cai na armadilha preparada pela psicóloga forense. Diante dela não consegue conter sua vaidade e exibicionismo: - Esse foi o serial killer mais difícil que você encontrou? - Não. - Eu vi que você traçou um perfil geográfico, você achou que ele não ia passar da zona sul. Agora ela tem a certeza de que o homem que procura está próximo.

Sem tardar mais esse assassinato ganha repercussão. Ray resolve ir para casa terminar o trabalho e preparar o jantar para o Edu: - Não saio daqui de madrugada. Tolinha, se ela soubesse... Mas, tem alguém que sabe: Dina (Mariana Nunes), a amiga da Ray. Observadora e desconfiada não tarda a associar o serial killer com o Edu. Ante a indignação da outra, ela diz: - O assassino tinha um gesso no braço, boné e camiseta estampada. Só quero que você preste atenção. Fica de olho aberto, porque eu vou ficar! Num rápido e breve estalo, a Ray lembra do gesso que viu na casa do Edu. Tenso! Se ele desconfiar que a amiga da outra chegou tão perto.... bye, bye... tem tudo pra virar estatística.

Ray está eufórica. Agora encasquetou que naquela noite, o Edu, feito um príncipe a pedirá em noivado. - Nunca tive um amor assim como eu tenho agora. Nisso a gente há de concordar.

Ela capricha e prepara o jantar enquanto o Edu está na delegacia, e de lá não vai sair tão cedo, afinal o delegado Dias, com a sua total falta de tirocínio, acabou destacando o próprio para atender aos telefonemas com pistas sobre o criminoso. Mas esse delegado....

Pois é, o tempo passa, a comida esfria, as velas se apagam... e nada do Edu aparecer para o jantar de noivado. É possível sentir o surto se aproximando... Ray começa a ligar insistentemente pra ele; ouve um carro na rua, vai para a janela; bebe; torna a ligar... E nada dele atender. Ensandecida vai até a sua casa. - Abre Edu, sou eu! Faz o maior escândalo na rua. Até que uma nada simpática senhorinha, vizinha dele, aparece na janela: - Quer parar? Sabe que horas são? Se continuar gritando vou chamar a policia! A velhinha não é brinquedo, não!!! rsss... Volta pra casa ensandecida chamando por ele. Destruída chora e arranha profundamente os braços. Totalmente surtada!!!

Dizem que nada como um dia após o outro. Não pra Ray!, que já acorda ligando insistentemente pro Edu, que não atende. Maldade!

Encontra com a amiga. - Ele não ia trazer a aliança? - Gosta de ver você lá no alto pra ver você cair. Nisso ela tem razão. - Você se cortou de novo? Ray faz isso com você. Vai se tratar. Você não pode se apaixonar e se tornar tão dependente. A resposta da Ray é contundente: - Me alivia. Antes a dor na pele do que na alma.

Tresloucada vai à procura do Edu na ONG, deixando o trabalho, filha, tudo pra trás. Ao chegar ele manda dizer que não está. Pra quê? Ela sai e vê o carro na porta. - Ele está aí sim. O carro dele está aqui, diz ao porteiro. - Ele está não que atender, ele falou isso pro senhor que não quer atender?

A tensão vai aumentando, enquanto a chefe dela liga e insiste pela enésima vez para que não se atrase. Feito um vulcão em erupção e totalmente cega pelo desprezo, pega uma barra de ferro, se aproxima do carro e o vandaliza. Desconta ali, toda sua sensação de impotência, abandono e raiva difusa. O que deixou perplexos aos que passavam pela rua que, em época de redes socias, tudo filmaram, provavelmente para postar no youtube, sob o título: UM DIA DE FÚRIA.

- Arrebentaram o carro do Edu? Estava louca, surtada. Já foi. Comentaram os seguranças que não conseguiram impedir, ou melhor, nem tentaram evitar a depredação. Sabe como é.... quem é que se atreve a contrariar uma louca armada com barra de ferro?

Pra piorar, Ray chega super hiper atrasada ao trabalho, e é demitida. Atônita passa por uma banca de jornal e vê a matéria com o corpo da adolescente encontrado no estaleiro.

Sem pestanejar, ela liga para o disque-denúncia. Por sorte, Vera atende: - Foi o meu namorado. O nome dele é Edu. Ele trabalha para o senador Otto. Edu chega e se aproxima enquanto Vera segura a respiração.


É... nunca subestime uma mulher desprezada...


Esse foi o serial killer mais difícil que você encontrou?


Shadow/Mariasun Montañés



Licença Creative CommonsO trabalho DUPLA IDENTIDADE – EPISÓDIO 7 de MARIASUN MONTAÑÉS está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.




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