domingo, 28 de dezembro de 2014




 DUPLA IDENTIDADE - 13 ÚLTIMO EPISÓDIO



Podem me matar, não importa o que façam comigo: eu sempre vou estar por aí



“A senhora não tá acreditando no que eles estão falando né?”. Feito menino negando que quebrou o vaso da mãe. “A senhora contou alguma coisa pra alguém?”. Hummm... pelo visto mamãe sabe de outras “artes” do filhinho...

“Brian?”, indaga Vera (Luana Piovani) à agente do Fórum. Ela também sente que perdeu alguma coisa.

Elenice (Ana Barroso), mãe do Edu (Bruno Gagliasso), tenta convencer Vera de que o filho é um “menino bom” e que agiu por desespero. Pois é... mãe é mãe... por pior que seja o filho...

Curiosa, a psicóloga forense quer saber por que o chama de Brian; sim, nós também queremos saber! Ela esclarece que esse é o seu nome de batismo e que eles chegaram a morar nos Estados Unidos. O nome que adotou no Brasil foi para poder entrar na política. Pois é... dupla identidade mesmo!

Vera comenta com o delegado Dias (Marcello Novaes) que para uma pessoa que até ontem “estaria na UTI” (a mãe) ela está muito bem. “Isso é muito comum entre os psicopatas, se fazerem de vítimas, contarem histórias tristes para despertar a piedade nas pessoas,” conclui ela.

Sem perder tempo, Vera entra em contato com um amigo do FBI para levantar o passado do Edu na terra do Tio Sam.

Enquanto isso, Ray (Débora Falabella) descobre que está grávida do serial killer. Pois é, não há situação ruim, que não possa ficar pior: desempregada, cheia de carências e de um comportamento autodestrutivo, mãe de uma menina que mal consegue cuidar, agora... grávida de um assassino... Afff!!! Lasquera!!! 

Culpado ou inocente? Qual será o veredicto?

A audiência começa. A entrada de Edu no Tribunal é apoteótica. Em meio ao público mulheres vestindo camisetas de apoio a ele, com os dizeres: “me amarra em você” (essas não sabem o que dizem); ele retribui piscando, sorrindo e acenando, sentindo-se “o todo poderoso”. Tati (Brenda Sabryna) também está ali, mandando beijinhos pra ele. Deve ser o final dos tempos!!!

A acusação é de homicídio duplamente qualificado pela morte de Cassiana (Bárbara Paz), a Ana, aquela que buscava ajuda na ONG onde ele era voluntário.

O senador Otto (Aderbal Freire), por sua vez, se nega a enxergar o óbvio. Entende que Edu pode ser declarado culpado por conta do exame de DNA, mas quer se convencer de que tudo não passa de uma trama do Dias para “prejudicar o rapaz”. Nem parece um experiente o descolado senador... O filho do Otto, no entanto, joga água fria na fervura ao dizer que morreram três garotas na cidade onde o Edu se escondeu. O senador começa a se preocupar.... É como dissem, o pior cego é aquele que não que ver...

No Tribunal, Vera é a primeira a depor. E eis que Edu, sem prévia consulta ao seu advogado, pede para atuar em causa própria (juntamente com o seu advogado), pedindo autorização ao juiz para sentar-se na bancada de defesa. Mas é muito abusado! O advogado dele, Dr. Assis (Gláucio Gomes), entra em pânico e pontua que não apenas ele, mas, também o senador estão sentados no banco dos réus.

É... pelo visto esse julgamento reserva fortes emoções...

Em seu depoimento, Vera faz referência ao livro de Artes que encontrou na casa do Edu, com páginas marcadas, fotografias e pinturas contendo poses idênticas às das vítimas. A defesa intervém para que ela se restrinja ao caso da Cassiana.

Edu aproveita o momento para dizer que a Dra. Vera tem razões para guardar mágoa, mas que ele agiu contra ela num ato de desespero para fugir das mãos da policia... e pede perdão... Uhauhau... mas é muito manipulador mesmo! E pra fechar o pacote, tenta desqualificar o depoimento dela, questionando o que ela teria ido fazer no apartamento dele, advertindo-a quanto ao falso testemunho. Tenta desestabilizá-la e consegue, trazendo à tona o caso que ela mantém com o delegado Dias. Não dá outra, ela se descontrola e a sessão é suspensa. Ponto pra ele!

Enquanto os depoimentos são colhidos, a força tarefa da policia, corre contra o tempo e continua à procura de novas provas, inclusive do exame de balística da arma que ele usou contra os policiais que o prenderam. Isso deve complicar o senador, a arma é a mesma que a mulher do senador, Silvia (Marisa Orth), entregou ao Edu dentro da comida na prisão.

O Dr. Assis (Gláucio Gomes) aproveita o intervalo para dizer ao seu cliente que a chance dele está em mostrar-se desprotegido, pobre, esmagado, em suma, o coitadinho, algo que o ego dele não vai permitir.

Dias é o próximo a depor e começa falando do isqueiro do Edu encontrado no local onde uma das vítimas estava. A defesa retoma dizendo que esse caso não está sendo julgado. A Promotoria esclarece tratar-se apenas de um esclarecimento sobre as circunstâncias em que o delegado conheceu o réu. O delegado continua dizendo que o sangue da vítima, Cassiana, foi encontrado em sua bota, que o acusado a conhecia, tinha o seu endereço e que a namorada dele (Ray) fez uma denúncia que corrobora isso; além de ter sido encontrado um kit em seu carro para práticas criminosas, e de uma prostituta tê-lo reconhecido como sendo ele quem a algemou e tentou sequestrá-la, sendo que a chave que abria as algemas foi encontrada nesse kit.

Edu toma a palavra e pergunta ao Dias sobre o e-mail que este enviou ao senador Otto agradecendo e tecendo elogios a ele (Edu). Aiaiai, é preciso ter cuidado com o que se escreve! E pra piorar, Edu dá a entender que as suposições do delegado contra ele começaram quando ficou sabendo do seu envolvimento com a filha dele. Tenso! A jugular do Dias salta! Pai zeloso, ele nega o envolvimento. No ataque, Edu mostra mensagens de Tati comprovando o contrário, e assinala a presença dela no Tribunal. Golpe baixo! Por uns instantes a gente tem a impressão de que o Dias irá socá-lo novamente! Foi por um triz; o delegado provou ter autocontrole! Mais uma vez, ponto pro Edu.

Preocupado com uma acareação, Dias pede para que Celina (Dedina Bernardelli), sua mulher, ex-mulher, arranque a Tati da sala do Tribunal. Ela não perde a oportunidade de jogar na cara dele que a filha conheceu o Edu no lugar onde ele trabalha, enquanto ele se preocupava com a Vera. Praticamente encerrando a conversa com um: Vire-se! Razão tem os que dizem que, a vingança é um prato que se come frio. 

Nesse ínterim, a sessão no Tribunal ferve, com a Promotoria insistindo no depoimento da Ray, que não compareceu ao Fórum. O juiz determina sua condução à força, enquanto ela, totalmente alheia à realidade, em casa, contempla fotos dela com o Edu.

Vera é procurada pelo Cônsul americano que lhe entrega documentos importantes enviados pelo FBI, com provas de que o Edu matou quatro pessoas na Flórida, comunicando já ter sido expedido um pedido de extradição contra ele.

No Plenário a mãe depõe dizendo que ele é um menino bom, estudioso, trabalhador, provedor... pois é, mãe é mãe. Deve ser difícil pra uma mãe aceitar que criou um monstro!

Ray chega esperneando ao Tribunal, e Vera vai falar com ela para tentar colocar um pouco de juízo naquela cabecinha oca. Mas, é em vão. Logo percebe que ela será uma testemunha hostil, então decide alertar a Promotoria para que desista de ouvi-la. E informa que está sendo pedida a extradição do Edu pelos crimes que cometeu nos Estados Unidos, e que somente lá ele poderá pagar pelos seus crimes. A mais pura verdade. A Justiça americana não é a nossa, pune e tem a mão pesada!

Ray é dispensada. Vera vai atrás e pede para que ela não volte mais. Como se a outra fosse ouvir?

Pra piorar, durante o julgamento, o Dr. Assis é preso pelo assassinato de Camila, a amante do senador. Foi com o cadarço do tênis dele que ela foi estrangulada. Edu conseguiu desta vez! Não é à toa que está achando tudo muito divertido.

É... a derrocada do senador se aproxima: a mulher, o Edu, o Assis, a arma que atirou nos policiais... O partido pede que ele retire a sua candidatura: ou ele retira ou eles o fazem. Sem saída! Game over!

E pra fechar, Edu usa a imprensa para dizer que foi tudo armação, que fabricaram provas contra ele, e que seu próprio advogado o usou para acobertar o crime dele (pobre do Dr. Assis!) e blábláblá... Outro ponto pra ele!
 
A perícia técnica no apartamento do Edu, com luminol, constata a presença de sangue na banheira. De quem é o sangue? Ele já morava na casa?, para a Promotoria a prova continua circunstancial, enquanto a opinião pública é toda favorável a ele. Será que depois de tudo ele vai escapar?

Pra piorar um pouco mais: o Promotor conclui que o sucesso do caso depende do depoimento da Ray... só que ele não sabe que, nessa história tem uma vizinha, Dina (Mariana Nunes), a vizinha da Ray. Tentando ajudar, ela procura a Vera e lhe entrega o gesso e as "lembrancinhas" dos crimes que Edu escondia no teto e, que foram encontradas e guardadas pela Ray.

Em depoimento, o Assis percebe que o único que pode ter pegado o cadarço do seu tênis é o Edu. Para isso, terá que acusá-lo, e, ao fazê-lo, estará arruinando o senador. A escolha de Sofia! Mas como disse o Dias: Nada como sentir na pele! Não foi uma escolha tão difícil assim: antes eu, depois o resto...

O hacker da policia, Cícero (Felipe Hintze), um gênio na informática, consegue rastrear o servidor de onde eram postadas fotos dos crimes. Trabalho magnífico da equipe do Dias!

Mais uma vez, caça e caçador frente a frente, só que desta vez, Vera pede que ele seja algemado com as mãos pra trás e os pés também. Sabe como é... gato escaldado... Novamente eles se desafiam. “Ainda não é crime brasileiro ter nome de brasileiro, é?”, diz Edu zombateiramente. “Quando se é procurado pelo FBI por quatro assassinatos, é?”, rebate a Vera à queima roupa. “Quatro?”, ironiza ele.  Aiaiaiai... na certa são mais!

A seguir, com cara de súplica, diz que não foi ele e que ela não conseguiu provar nada contra ele, coitado, só que não. Embora ele não demonstre, Vera conseguiu abalá-lo, ele sonha com sua execução na cadeira elétrica diante de todas as suas vítimas.

Ray está perdida. Procura ajuda em site sobre o transtorno borderline, e escreve: “Você acha que esse transtorno, essa carência, esse vazio dentro de mim pode me fazer enxergar tudo errado?” ” Você acha que o Edu pode não ser como eu enxergo ele?”... “Às vezes eu acredito na Vera, às vezes eu acredito nele”... “Eu não sei o que fazer”... Encontrará ela alguém capaz de ajudá-la?

A verdade sobre Edu começa vir à tona, e aqueles que acreditaram nele até o último segundo começam a ver a verdade dura e crua: as colegas da ONG, o senador, Silvia a mulher do senador, o noivo viúvo... Foi ele!!! Enganou a todos!!! 

Ao que parece Edu consegue escapar da Justiça brasileira, mas é extraditado para os Estados Unidos. Bom, ao menos lá será acusado, julgado e cumprirá pena sem mordomias ou perdão. Aqui, com todo aquele seu poder de dissimulação, não tardaria a ser beneficiado com a saída da Páscoa, Dia dos Pais, Natal, Ano Novo, promoção para o regime semiaberto, teria sua pena reduzida por bom comportamento e em seis sete anos voltaria às ruas para fazer o que lhe dá mais prazer. Thanks Glória Perez, ao menos lá, ele será condenado à prisão perpétua ou, o mais certo, à pena de morte, e não voltará às ruas para matar. Enquanto isso, a vida segue...

Vera diz ao delegado Dias que recebeu um convite para voltar ao FBI, e que ele também foi convidado a fazer um estágio por lá. Dias tem dois segundos para apostar numa segunda chance. O delegado saberá aproveitar essa segunda chance que a vida está lhe dando?

Ray vê Edu sendo escoltado, caminhando em sua direção, rindo, rindo... parecendo se divertir com tudo aquilo, na certeza de que irá se livrar dessa. O olhar dela é de agonia. Terá estrutura para criar o filho dele? O que será dessa criança fruto de um pai psicopata e uma mãe instável? Um futuro sem perspectivas! Triste! Espera-se apenas que essa tresloucada não atrapalhe a extradição, declarando que espera um filho dele. Seria u ó!!!!

E com essas perguntas chegou ao fim a bem engendrada e elaborada minissérie de Glória Perez. Um belo trabalho de arte, imagens, direção e trilha sonora de excepcional qualidade. O elenco só merece elogios, todo ele, sem exceção. A atuação de Bruno Gagliasso e de Débora Falabella foram memoráveis; se com Nina de Avenida Brasil a atriz arrasou, com a frágil e fragmentada Ray ela abalou. Dupla Identidade entrou para a história da televisão brasileira, sem dúvida. Pelo visto vem a segunda temporada por aí.... pois que venha!!!


                                                       
Psicopatas são diferentes de outros criminosos, inclusive na prisão





Shadow/Mariasun Montañés



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