sábado, 20 de outubro de 2018




AS TEMIDAS REDES SOCIAIS NA ELEIÇÃO 2018



Aqui, nesta terra chamada Brasil, que acolhe descendentes de índios, negros, imigrantes vindos de todos os rincões do mundo, rica pelos seus contrastes e diversidade, temos tudo para ser grandes, não fosse o sistema político ser um cadáver em decomposição.

Estamos a uma semana do segundo turno da eleição para o cargo mais importante do país. Uma eleição estranha. Uma eleição que dividiu amigos, famílias, bloqueou conhecidos nas redes sociais, despertando o lado sombrio e o que há de pior em cada um de nós, sem notar que fechadas as urnas, aquele que pensa diferente, estará lá no dia seguinte. 

O ódio e a intolerância parece haver se disseminado entre um povo pacífico, cordial e amigo. O marketing e a campanha dos candidatos levaram a isso. É inacreditável!!!

Quando parecia já termos visto tudo nesta eleição, como candidato encarcerado lançando sua candidatura à Presidência, criando a figura do presodenciável; surgimento do cargo de vice do vice de um presidiário; unção de vice da chapa ao cargo majoritário, declarando que irá ocupar o cargo para servir, não ao povo, mas a um réu preso por corrupção e lavagem de dinheiro; campanha eleitoral no rádio e TV com a presença de preso condenado em duas Instâncias do Judiciário, como se candidato à Presidência fosse, apesar de haver tido sua candidatura impugnada pelo TSE; ONU dando parecer sobre o nosso processo eleitoral e o Ministro Edson Fachin endossando, em detrimento da nossa soberania e dos nossos Tribunais, TSE e STF; Ministros do STF - a mais alta Corte do país - conflitando e pirraçando em meio a "datas vênias" e salamaleques sobre autorização para realização de entrevista - com fins eleitoreiros - por jornal paulista com presidiário condenado a mais de 12 anos em regime fechado; políticos comunistas - ateus - em campanha, indo à Igreja, comungando e pedindo a bênção ao santo Padre; presidiário desempenhando a função de assessor político no processo eleitoral; PT adotando o verde e amarelo como suas cores ao invés do vermelho; eleitores atuando como marqueteiros de candidatos nas redes sociais... a Superintendência da Policia Federal de Curitiba, transformada em Comitê Eleitoral do PT, isso mesmo minha gente, a sede da Policia Federal!!!

Pois é... quando parecia que nada mais poderia nos surpreender... eis que na reta final das campanhas e diante da iminente derrota no segundo turno, o PT pôs em ação o seu "planoB" e, na base do tapetão, tenta deslegitimar a eleição perante o país e o Mundo, afrontando a vontade popular. Passou a acusar - sem provas - o seu adversário de fazer o que ele sempre fez por meio de dossiês falsos e marqueteiros como Duda Mendonça, João Santana, Mônica Moura: fraudar o processo eleitoral. 

Não deixa de ser constrangedor ver Gleisi Hoffmann ocupar a Tribuna do Senado para lançar a ofensiva de que uma "organização criminosa", inclusive com ramificações internacionais, estaria atuando nas redes sociais para impulsionar a eleição do adversário e manipular vontades. Esse é um daqueles momentos, onde a gente lembra da nossa mãe dizendo: "o silêncio muitas vezes é ouro"...

A Folha de São Paulo, por sua vez, acusa empresários de estarem comprando pacotes de mensagens em massa e utilizando o Whatsapp para desferir uma campanha contra o PT, cometendo crime de Caixa2. Oi???? O que doações de campanha ilegais, não declaradas ao TSE, estas sim configurando Caixa2, tem a ver com o apoio espontâneo a um determinado candidato ou partido?!?

Definitivamente o Brasil não é para os fracos!!!

O que está havendo é que por meio das redes sociais as pessoas ganharam voz, e dentre elas, os empresários, tão demonizados na era lulopetista. O Whatsapp e o Twitter estão sendo usados para compartilhar impressões e mensagens sobre o atual momento político do país e dos políticos. É uma nova forma de debater Política. Isso não constitui crime!!! Até onde se saiba a liberdade de expressão ainda é uma garantia constitucional. Até onde se saiba... Haja vista que contas do Whats e do Twitter têm sido rastreadas e suspensas, sem justificativa ou aviso prévio, em razão do posicionamento político, que cada um tem o direito de expressar. Isso é censura, meus senhores!!!

Que vergonha!!! 

Sinto muito pelo meu país. Ah... segundo o PT e a esquerda, esse meu sentir, não é meu, não é nosso. Não é da nossa natureza, pensar sentir ou expressar. Apenas reagir, feito gado, ao que nos é imposto por eles. E ai daqueles que ousarem discordar!!!

A Democracia que essa gente defende é a obrigação de pensar e concordar sempre com eles!!! Democracia??? Onde???

A verdade é que essas falácias e censura às redes sociais, representam a agonia e o fim de um sistema exaurido. A apuração do resultado no segundo turno colocará uma lápide sobre esse partido que tanto mal causou ao país. Espera-se!!!

Talvez a maior contribuição da Lava Jato até aqui, além, é claro, de enquadrar vários dos criminosos que saquearam os cofres públicos e de recuperar uma parte do dinheiro que foi rapinado da Saúde, Educação, Segurança... tenha sido a de dar uma nova consciência política ao povo. A certeza daquilo que não queremos. E o que não queremos é continuar a ser governados por políticos corruptos, que acabam enlameando e desacreditando a classe política, ameaçando as Instituições e enriquecendo a custas do sofrimento da população.

Essa gente que está no Whatsapp e nas redes sociais fazendo campanha para um candidato, não é remunerada por isso. Não faz parte de uma organização criminosa. São pessoas indignadas, cansadas, raivosas e revoltadas diante da corrupção e dos desmandos que assolaram e quase arruinaram o país. Algo que tem surpreendido aqueles que sempre pagaram, e pagaram caro - de blogs sujos à imprensa escrita e falada - para impor suas vontades e supremacia.

Como isso é possível??? Como tantos podem estar falando a mesma língua nas redes sociais???, atônitos se perguntam.

Há décadas o lulopetismo construiu uma Torre de Babel em torno de um falso mito, para que os brasileiros não se entendessem. No caos é que governos como o do PT triunfam e sempre triunfaram. A intolerância e a divisão não são nossas, foram fomentadas.

É bíblico. Em Gênesis, as Escrituras relatam que tão ou mais forte que o Dilúvio, é a união do homem em torno de um mesmo propósito ou objetivo. Para afastar uns dos outros e confundi-los, basta destruir-lhes a comunicação, a linguagem.

Foi assim que a esquerda nos afastou e separou. Por meio de um discurso desagregador: “nós” x “eles”, ricos x pobres, empregador x trabalhadores, elite x proletariado, coxinhas x mortadelas.

Levantando muralhas de ódio, eles subiram e garantiram o poder por mais de uma década e planejavam perpetuar-se por mais e mais décadas. Fingindo uma solidariedade e empatia que nunca sentiram. Fazendo promessas vazias. Usando o Estado para produzir desemprego e penúria. Dilacerando a educação e o conhecimento para embotar mentes, cegar juízos, e assim continuar reinando.

Os brasileiros encontraram nas redes sociais uma forma de aproximar-se e de resgatar a comunicação. De partilhar a amargura e a frustração por ver este país gigante agonizar diante dos desmandos e da cobiça.

Ideias e sentimentos aprisionados por décadas encontraram vazão, de forma passional, intensa, da política... até o infortúnio...

No entanto, essas pessoas não estão vendo o óbvio: o que faz com que o PT ainda respire, é a dicotomia, a rivalidade entre “nós” e “eles”, que transforma o legítimo desejo por mudanças na política, num aguerrido cabo de força, permitindo que o seu contrário cresça e se fortaleça. Enquanto houver um abismo nos separando, lideranças velhacas e carcomidas continuarão a insuflar, tentando acender o fogo da discórdia para escapar da putrefação... ou ascender como a única salvação.

Estamos vivendo e iniciando um novo ciclo. A anterior República pereceu. Isso ficou muito claro no resultado das urnas e na renovação havida no Senado, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas para os próximos anos. As redes sociais foram decisivas nesta eleição. Vimos o surgimento de uma nova forma de se falar e debater sobre Política. Portanto, é chegado o momento de cobrar do futuro Presidente eleito, com a mesma paixão, as Reformas, os Ajustes, o corte de privilégios, a redução do Estado, de Ministérios e de partidos, tão necessários para o bom funcionamento do país. Porque disso muito pouco se sabe até aqui.

A motivação da maioria do eleitorado e da movimentação nas redes sociais é impulsionada para que o maniqueísmo lulopetista seja extirpado, e não por uma demonstração de apreço ou de apoio ao candidato de direita, mesmo que isso represente dar um salto para o incerto.

Aonde isso nos levará... só o tempo dirá... Mas, uma coisa é certa: após esta eleição, não mais seremos os mesmos.





Shadow/Mariasun Montañés


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