SÃO PAULO E A VIDA NO CONCRETO
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiTMv1YL-hyjqvlCRYXQFphK82enbi9taxkqugTZuLzRNbOiCE5Vwf1-JbhBcl6YcUWa2WELCQDSrNLGQRtPuKPNJ8yOloYWoC1oFPVL86yz5AIUwlHeKNuvJ54ONraOI160HCojewRPDR/s200/MASP.png)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6sXzfxzJLjWOW1hP698FYHntuQ93EirQyKe0BJ8lZC-kK3u5JEjeOw9_2vbvoYz8rz7j5-lK2u3U6-rAOuJTOcdZZn1aRFqMYGJcZH2JcAoTJwje3aRXm0ZpQMnDGOE1eoXj_9xb5PtfL/s200/IBIRAPUERA.png)
Ver plantas que desafiam o cimento não é tão difícil. Estão espalhadas por aí. Basta observar com mais atenção as construções mais antigas, viadutos, prédios, pontes e outras tantas obras viárias. A pista central da Avenida do Estado, as muretas do Elevado Costa e Silva e a estrutura do Viaduto Grande São Paulo são alguns dos exemplos mais presentes na minha memória neste instante. Mas há centenas de outros.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8txzeWbdASA42Z4Jcd3cKq_gYRIPDsAerr4y3iXT0dxEfTZrP192KNI-H675eTWXROtBoCJtIYMev3bhBztvcAiJvXfwtcNS1r7xvK1Z1JQ_PN3FFnzfyitJm0tKKpcw8vI8QHBNKa7eU/s200/ESTA%25C3%2587%25C3%2583O+DA+LUZ.png)
Mas como a oferta de nutrientes parece não ser assim tão farta e a terra para aprofundar a raiz é praticamente inexistente, essas plantas não vão muito além do que alguns centímetros — com sorte, ultrapassam um metro. Formam bonsais naturais, fixados firmes o bastante para viverem por muito tempo. Conheço há anos alguns dos exemplares. Talvez por achá-las tão teimosas — e tão bem-sucedidas — é que desde menino fico de olhos atentos a procurar outros modelos de teimosia.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_k2jRqIHolwxowQ1KAEUJ-8UbRYTv8vAVAi4WsJfNpiqemai0vKkwBd1V5Xr-6BK5GEOwKS428K91bgfcshhqyUAQ_8EhjcmwgTlcOWk1okU7J2PfdTAJ592K8mLlykXqMnVVDjQKwNGU/s200/TEATRO+MUNICIPAL1.jpg)
Da mesma forma enxergo as pessoas que persistem em vencer os obstáculos apresentados pelas terras paulistanas. Isso porque há quem não teve muita escolha. São Paulo se apresentou como a única saída, a chance singular de vencer. E é uma tarefa relativamente fácil encontrar quem insista em viver aqui. Gente a enfrentar o concreto como fazem as plantas aéreas da capital paulista, localidade que quase sempre insiste em nos repelir e a complicar nossa existência.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4fjbgoiWUERcydKW7sXMR_gylYnYmFrbo658WBIn1gGWOQqQoucVj0eLeXDh8ZSYFPBRsSaedEvCImQDaeC2bJrBkH5erC2feZ20YGzpAq2yyc1gYCRTZeqIf22f2OZKRrxbIGDncqdHx/s200/PONTE+ESPRAIADA.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdZ6M-qQ990MpgomlHfGeb4m60rxqfz9QNzn6E_z2wq04pEfOZ094burGdMGVS2CMeiLNwOjJiv1vfB5xuSOKGqQUuruSMfNqzqMeR_v9NJMwQkde7AsJvz1XhoFqp2A_0G_wNEa1eNJgk/s200/MUSEU+DO+IPIRANGA1.png)
Dura e implacável, São Paulo faz muitos desistirem. A cidade não dá muitas brechas para nos agarrarmos, muito menos facilita a nossa sobrevivência. Tudo nesta metrópole chega a ser extremo. Mesmo assim, aqui estamos, a aprender a gostar e a amar esta cidade que, acima de tudo, é espetacular.
(Júlio César Barros)
São Paulo é a maior cidade da América Latina,
centro cultural e da vanguarda brasileira, conhecida por sua diversidade
cultural durante todo ano. Moderna, tem o mérito de acolher vários povos. Nela
uma meia dúzia de paulistanos significa um espanhol, um japonês, um baiano, um
chinês, um curitibano e um alemão.
Hoje, 25 de janeiro, festeja 459 anos. PARABÉNS SÃO
PAULO!!
Shadow/Mariasun