PRIVATIZEM-SE TODAS AS LINHAS DO METRÔ DE SÃO PAULO... JÁ!!!
Daqui a uma semana São Paulo estará celebrando 474 anos. A maior e mais
influente cidade da América Latina e principal propulsora da economia do país.
Não por acaso tem a maior Bolsa de Valores deste lado do hemisfério.
Em importância, ao seu lado estão
metrópoles como Nova Iorque, Paris, Tóquio e Cingapura. Não é fácil administrar
uma cidade destas proporções e de tanta diversidade. Tudo nela urge: do
asfaltamento de suas ruas aos grandes investimentos financeiros. É uma cidade
que não para de crescer e nem pode, pois compete com importantes centros
globais de desenvolvimento em tecnologia, finanças e negócios.
São Paulo é sinônimo de trabalho,
criatividade e empreendedorismo. Além de ser um importante centro industrial e
de comércio, é um celeiro de pequenos negócios e de prestadores de serviços.
Isso implica no deslocamento de milhares de pessoas diariamente ao longo de seu
espaço geográfico. Daí a importância de sua malha viária, dos meios de
transporte e de investimentos cada vez maiores na área.
O desenvolvimento e crescimento
econômico da cidade geram uma constante pressão para a modernização,
transformação e aprimoramento dos transportes, bem como, de estratégias atuais e avançadas para atender e suportar essas necessidades por meio da articulação
e ampliação de uma rede modal integrada entre metrô-ônibus-trem, que operem em conjunto e com
a precisão de um relógio.
Portanto, entender o
funcionamento, carências e características do sistema de transporte de uma
megalópole como São Paulo é entender o crescimento e a evolução da cidade com a sua
geração de riquezas, empregos e investimentos.
Por essa razão ela não é feita
para amadores nem aventureiros.
Hoje, no entanto, mais uma vez, a cidade amanheceu sem
metrô paralisando a locomoção das pessoas, castigando e levando os paulistanos
ao desespero e à exaustão. Filas enormes se formaram nos pontos de ônibus,
fazendo trabalhadores chegarem atrasados ao seu trabalho, pessoas perderem
consultas e exames médicos agendados com meses de antecedência e outros
gastarem em taxi ou Uber o dinheiro reservado para o almoço.
Tudo isso a troco de quê?!?
De uma paralisação política de 24
horas, decidida de véspera pelo Sindicato dos Metroviários, sem qualquer aviso prévio
à população. Apenas pelo fato da entidade não concordar com a concessão à iniciativa privada de
duas linhas do metrô, a lilás e a ouro, cujo leilão está marcado para amanhã.
Atente-se que a linha amarela, administrada por uma empresa privada e vinculada
a outro sindicato, funcionou normalmente desde as primeiras horas da manhã.
É o final dos tempos, só pode!!!
Desde quando a pelegada de um
sindicato tem o poder de violar levianamente o direito de ir e vir da população???
Atente-se que nem mesmo uma liminar concedida pela Fazenda Pública proibindo a paralisação pelos metroviários com incidência de multa de R$ 100 mil por estação fechada, foi capaz de impedir a manobra. Ou seja: o Sindicato dos Metroviários dá de ombros para o Poder Judiciário, não está nem aí para a Companhia que sustenta a categoria e, muito menos, respeita a população.
Atente-se que nem mesmo uma liminar concedida pela Fazenda Pública proibindo a paralisação pelos metroviários com incidência de multa de R$ 100 mil por estação fechada, foi capaz de impedir a manobra. Ou seja: o Sindicato dos Metroviários dá de ombros para o Poder Judiciário, não está nem aí para a Companhia que sustenta a categoria e, muito menos, respeita a população.
A partir de um Plano de
Contingência emergencial, implementado pelo Metrô no período da manhã, algumas
estações passaram a operar, o que não evitou o caos nas plataformas e na cidade, inclusive com o
aumento de carros nas ruas, em razão da liberação do rodízio e veículos. Enquanto isso, o
Sindicato dos Metroviários se manteve firme na paralisação de 24 horas.
Dá pra entender?!?
Não. Isso é inaceitável!!! Não é
a primeira vez nem será a última que o Sindicato dos Metroviários age de forma inconsequente, e se porta como
se o seu presidente fosse uma autoridade maior que o Governador, Juiz ou o
Papa. A gravidade agora é que não se trata de questões salariais, jornada de trabalho... o
que já seria grave (por suprimir a etapa da negociação), trata-se de uma
paralisação meramente política.
Aliás, poucas vezes se vê uma
predisposição para o diálogo por parte desse sindicato. Apenas a truculência e
a penalização sádica à população.
No entanto, há que se reconhecer
que isso ocorre porque ele sabe que nenhuma consequência irá sofrer. A
impunidade é o grande mal deste país. Alguém acredita que a multa estipulada na
liminar será cobrada?!? É mais fácil acreditar no Coelhinho da Páscoa. O
Tribunal do Trabalho tem muita responsabilidade nisso, em - ao final de paralisações como essa - não permitir o
desconto das horas ou dias parados e a execução sumária de pesadas multas aos
sindicatos. Ao impedir sanções e punições, a própria Justiça está sendo
conivente e chancelando o descumprimento das decisões do Poder Judiciário.
Enquanto não pesar no bolso, eles
não irão parar.
É preciso dar um basta a essa
atividade sindical rasteira como a que é praticada por aqui. O Sindicato dos
Metroviários é um exemplo disso. Acha que representa uma categoria, mas não tem
qualquer utilidade para quem precisa de ajuda ou para preservar a imagem da Companhia empregadora. Pelo contrário, acaba estimulando a ira da população e, na atual situação, o apoio incondicional das pessoas à privatização de todas as linhas do Metrô. Repete-se:
A única linha que não faz greve é a amarela, administrada por uma empresa
privada. É bom lembrar que o metrô pertence à população, não a um grupo político.
Os sindicatos no Brasil têm uma
visão de mundo atrasada que patrocina a desordem e fomenta o caos em nome de
uma ideologia de esquerda ultrapassada, apoiada em uma "luta de classes" forçada que nega os avanços nas relações trabalhistas do século XXI, onde só eles lucram e que não convence mais a quem tenha um mínimo de informação e senso comum.
É primordial que a Reforma
Trabalhista avance cada vez mais para que os trabalhadores negociem direta e
livremente com os empregadores as próprias condições de trabalho, deixando de ser
reféns de grupos políticos sob a fachada de sindicatos, que se esquecem do
indivíduo e privilegiam apenas e tão somente os interesses escusos de seus
líderes.
É preciso dar um basta a esses
excessos e cobrar das autoridades e do Judiciário medidas pesadas contra a
truculência descabida e sem sentido desses sindicatos, que penalizam sempre quem
trabalha e produz. O Governo privatizando. O Judiciário cumprindo as leis e aplicando as penas nelas previstas.
A privatização de todas as linhas do metrô seria o melhor presente para São Paulo em seus 464 anos.
Shadow/Mariasun Montañés
PRIVATIZEM-SE TODAS AS LINHAS DO METRÔ DE SÃO PAULO... JÁ!!! de MARIASUN MONTAÑÉS está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.