domingo, 7 de junho de 2020



A COVID-19 NO BRASIL

Antes do final de semana, eram 660 mil contaminados pela Covid-19 no Brasil. Mais de 36 mil mortos. Mais de 1 mil óbitos por dia. Não apenas hospitais colapsaram, cemitérios também. Corpos são enterrados em valas coletivas. Até aqui eles foram ignorados pelo governo. Agora será ignorada também a "causa mortis".

O negacionismo intencional e a falta de empatia do governo com seus mortos e as famílias enlutadas, assume proporções inimagináveis. O Ministério da Saúde ao invés de atuar e implementar medidas sanitárias para diminuir os números da tragédia, suspendeu a divulgação de dados, diga-se, já sub-notificados, e zerou a tabela, sob a alegação de que os dados são "fantasiosos". Como se negando a "causa mortis", fosse possível alterar o descaso, a omissão e o caos com que o governo vem conduzindo a maior crise sanitária do planeta, dos últimos cem anos.

Assim, aos olhos do Mundo, o país vai se apequenando.

O Instituto Johns Hopkins, referência mundial no balanço do avanço da Covid-19, interrompeu a compilação de dados do Brasil. As informações fornecidas por esse Instituto servem para adequar protocolos e procedimentos conforme a doença avança, e ajudar os países afetados na efetivação de políticas sanitárias.

No país das sub-notificações, da falta de testagem da Covid-19, dos corpos enterrados em valas rasas e clandestinas, do cenário de descrédito, do descaso, destaca-se a política de um governo, agora a serviço da manipulação na contagem de seus doentes e mortos. Que vergonha!!! 

(Mariasun Montañés) 


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