CALAR
Morreu de quê?
Das lembranças que não deixou?
Das lembranças que não deixou?
Dos pensamentos pessimistas que o acompanhavam?
Das mágoas que o envenenavam?
Das dores que não cicatrizavam?
Do mundo que não compreendia?
Do amor que não deu?
Não.
Foi esmagado pelas palavras que nunca disse.
(Mariasun Montañés)
