DUPLA IDENTIDADE - 13 ÚLTIMO EPISÓDIO
Podem me matar, não importa o que façam comigo:
eu sempre vou estar por aí
“Brian?”, indaga Vera (Luana Piovani) à agente do Fórum. Ela também
sente que perdeu alguma coisa.
Elenice (Ana Barroso), mãe do Edu (Bruno Gagliasso), tenta convencer Vera de que o filho é um “menino bom”
e que agiu por desespero. Pois é... mãe é mãe... por pior que seja o filho...
Curiosa, a psicóloga forense quer saber por que o chama de Brian; sim,
nós também queremos saber! Ela esclarece que esse é o seu nome de batismo e
que eles chegaram a morar nos Estados Unidos. O nome que adotou no Brasil
foi para poder entrar na política. Pois é... dupla identidade mesmo!
Vera comenta com o delegado Dias (Marcello Novaes) que para uma pessoa que até ontem
“estaria na UTI” (a mãe) ela está muito bem. “Isso
é muito comum entre os psicopatas, se fazerem de vítimas, contarem histórias
tristes para despertar a piedade nas pessoas,” conclui ela.
Sem perder tempo, Vera entra em contato com um amigo do FBI para
levantar o passado do Edu na terra do Tio Sam.
Enquanto isso, Ray (Débora Falabella) descobre que está grávida do serial killer. Pois é,
não há situação ruim, que não possa ficar pior: desempregada, cheia de
carências e de um comportamento autodestrutivo, mãe de uma menina que mal
consegue cuidar, agora... grávida de um assassino... Afff!!! Lasquera!!!
Culpado ou inocente? Qual será o veredicto?
A audiência começa. A entrada de Edu no Tribunal é apoteótica. Em meio
ao público mulheres vestindo camisetas de apoio a ele, com os dizeres: “me
amarra em você” (essas não sabem o que dizem); ele retribui piscando, sorrindo e acenando, sentindo-se “o
todo poderoso”. Tati (Brenda Sabryna) também está ali, mandando beijinhos pra ele. Deve ser o
final dos tempos!!!
A acusação é de homicídio duplamente qualificado pela morte de Cassiana (Bárbara Paz),
a Ana, aquela que buscava ajuda na ONG onde ele era voluntário.
O senador Otto (Aderbal Freire), por sua vez, se nega a enxergar o óbvio. Entende que Edu
pode ser declarado culpado por conta do exame de DNA, mas quer se convencer de que tudo não passa de
uma trama do Dias para “prejudicar o rapaz”. Nem parece um experiente o descolado senador... O filho do Otto, no entanto, joga água fria na
fervura ao dizer que morreram três garotas na cidade onde o Edu se escondeu.
O senador começa a se preocupar.... É como dissem, o pior cego é aquele que não que ver...
No Tribunal, Vera é a primeira a depor. E eis que Edu, sem prévia consulta ao seu advogado, pede para atuar em causa própria (juntamente com o seu advogado), pedindo autorização ao juiz para sentar-se na bancada de defesa. Mas é muito abusado! O advogado dele, Dr. Assis (Gláucio Gomes), entra em pânico e pontua que não apenas ele, mas, também o senador estão sentados no banco dos réus.
É... pelo visto esse julgamento reserva fortes emoções...
Em seu depoimento, Vera faz referência ao livro de Artes que encontrou
na casa do Edu, com páginas marcadas, fotografias e pinturas contendo poses
idênticas às das vítimas. A defesa intervém para que ela se restrinja ao caso
da Cassiana.
Enquanto os depoimentos são colhidos, a força tarefa da policia, corre
contra o tempo e continua à procura de novas provas, inclusive do exame de
balística da arma que ele usou contra os policiais que o prenderam. Isso deve
complicar o senador, a arma é a mesma que a mulher do senador, Silvia (Marisa Orth), entregou ao Edu
dentro da comida na prisão.
O Dr. Assis (Gláucio Gomes) aproveita o intervalo para dizer ao seu cliente que a chance
dele está em mostrar-se desprotegido, pobre, esmagado, em suma, o coitadinho,
algo que o ego dele não vai permitir.
Dias é o próximo a depor e começa falando do isqueiro do Edu encontrado
no local onde uma das vítimas estava. A defesa retoma dizendo que esse caso não está sendo julgado. A Promotoria esclarece tratar-se apenas de um esclarecimento
sobre as circunstâncias em que o delegado conheceu o réu. O delegado continua dizendo que o sangue da
vítima, Cassiana, foi encontrado em sua bota, que o acusado a conhecia, tinha
o seu endereço e que a namorada dele (Ray) fez uma denúncia que corrobora isso; além
de ter sido encontrado um kit em seu carro para práticas criminosas, e de uma
prostituta tê-lo reconhecido como sendo ele quem a algemou e tentou
sequestrá-la, sendo que a chave que abria as algemas foi encontrada nesse kit.
Edu toma a palavra e pergunta ao Dias sobre o e-mail que este enviou ao senador
Otto agradecendo e tecendo elogios a ele (Edu). Aiaiai, é preciso ter cuidado com o
que se escreve! E pra piorar, Edu dá a entender que as suposições do delegado
contra ele começaram quando ficou sabendo do seu envolvimento com a filha dele.
Tenso! A jugular do Dias salta! Pai zeloso, ele nega o envolvimento. No ataque,
Edu mostra mensagens de Tati comprovando o contrário, e assinala a presença
dela no Tribunal. Golpe baixo! Por uns instantes a gente tem a impressão de que
o Dias irá socá-lo novamente! Foi por um triz; o delegado provou ter autocontrole! Mais uma vez, ponto pro Edu.
Preocupado com uma acareação, Dias pede para que Celina (Dedina Bernardelli), sua mulher,
ex-mulher, arranque a Tati da sala do Tribunal. Ela não perde a oportunidade de
jogar na cara dele que a filha conheceu o Edu no lugar onde ele trabalha,
enquanto ele se preocupava com a Vera. Praticamente encerrando a conversa com um: Vire-se! Razão tem os que dizem que, a vingança é
um prato que se come frio.
Vera é procurada pelo Cônsul americano que lhe entrega documentos
importantes enviados pelo FBI, com provas de que o Edu matou quatro pessoas na
Flórida, comunicando já ter sido expedido um pedido de extradição contra ele.
No Plenário a mãe depõe dizendo que ele é um menino bom, estudioso,
trabalhador, provedor... pois é, mãe é mãe. Deve ser difícil pra uma mãe aceitar que criou
um monstro!
Ray é dispensada. Vera vai atrás e pede para que ela não volte mais.
Como se a outra fosse ouvir?
Pra piorar, durante o julgamento, o Dr. Assis é preso pelo assassinato de Camila, a amante do
senador. Foi com o cadarço do tênis dele que ela foi estrangulada. Edu
conseguiu desta vez! Não é à toa que está achando tudo muito divertido.
É... a derrocada do senador se aproxima: a mulher, o Edu, o Assis, a
arma que atirou nos policiais... O partido pede que ele retire a sua
candidatura: ou ele retira ou eles o fazem. Sem saída! Game over!
E pra fechar, Edu usa a imprensa para dizer que foi tudo armação, que
fabricaram provas contra ele, e que seu próprio advogado o usou para acobertar o
crime dele (pobre do Dr. Assis!) e blábláblá... Outro ponto pra ele!
Pra piorar um pouco mais: o Promotor conclui que o sucesso do caso
depende do depoimento da Ray... só que ele não sabe que, nessa história tem
uma vizinha, Dina (Mariana Nunes), a vizinha da Ray. Tentando ajudar, ela procura a Vera e lhe
entrega o gesso e as "lembrancinhas" dos crimes que Edu escondia no teto e, que foram
encontradas e guardadas pela Ray.
Em depoimento, o Assis percebe que o único que pode ter pegado o cadarço
do seu tênis é o Edu. Para isso, terá que acusá-lo, e, ao fazê-lo, estará
arruinando o senador. A escolha de Sofia! Mas como disse o Dias: Nada como
sentir na pele! Não foi uma escolha tão difícil assim: antes eu, depois o
resto...
Mais uma vez, caça e caçador frente a frente, só que desta vez, Vera
pede que ele seja algemado com as mãos pra trás e os pés também. Sabe como é...
gato escaldado... Novamente eles se desafiam. “Ainda não é crime brasileiro ter nome de brasileiro, é?”, diz Edu
zombateiramente. “Quando se é procurado
pelo FBI por quatro assassinatos, é?”, rebate a Vera à queima roupa. “Quatro?”, ironiza
ele. Aiaiaiai... na certa são mais!
A seguir, com cara de súplica, diz que não foi ele e que ela não
conseguiu provar nada contra ele, coitado, só que não. Embora ele não
demonstre, Vera conseguiu abalá-lo, ele sonha com sua execução na cadeira
elétrica diante de todas as suas vítimas.
Ray está perdida. Procura ajuda em site sobre o transtorno borderline,
e escreve: “Você acha que esse transtorno, essa carência, esse vazio dentro de
mim pode me fazer enxergar tudo errado?” ” Você acha que o Edu pode não ser
como eu enxergo ele?”... “Às vezes eu acredito na Vera, às vezes eu acredito
nele”... “Eu não sei o que fazer”... Encontrará ela alguém capaz de ajudá-la?
A verdade sobre Edu começa vir à tona, e aqueles que acreditaram nele
até o último segundo começam a ver a verdade dura e crua: as colegas da ONG, o
senador, Silvia a mulher do senador, o noivo viúvo... Foi ele!!! Enganou a
todos!!!
Ao que parece Edu consegue escapar da Justiça brasileira, mas é
extraditado para os Estados Unidos. Bom, ao menos lá será acusado, julgado e
cumprirá pena sem mordomias ou perdão. Aqui, com todo aquele seu poder de
dissimulação, não tardaria a ser beneficiado com a saída da Páscoa, Dia dos Pais,
Natal, Ano Novo, promoção para o regime semiaberto, teria sua pena reduzida por
bom comportamento e em seis sete anos voltaria às ruas para fazer o que lhe dá
mais prazer. Thanks Glória Perez, ao menos lá, ele será condenado à prisão
perpétua ou, o mais certo, à pena de morte, e não voltará às ruas para matar. Enquanto isso, a vida segue...
Vera diz ao delegado Dias que recebeu um convite para voltar ao FBI, e
que ele também foi convidado a fazer um estágio por lá. Dias tem dois segundos
para apostar numa segunda chance. O delegado saberá aproveitar essa segunda
chance que a vida está lhe dando?
Ray vê Edu sendo escoltado, caminhando em sua direção, rindo, rindo...
parecendo se divertir com tudo aquilo, na certeza de que irá se livrar dessa. O olhar dela é de
agonia. Terá estrutura para criar o filho dele? O que será dessa criança fruto
de um pai psicopata e uma mãe instável? Um futuro sem perspectivas! Triste! Espera-se apenas que essa tresloucada não atrapalhe a extradição, declarando que espera um filho dele. Seria u ó!!!!
E com essas perguntas chegou ao fim a bem engendrada e elaborada minissérie de Glória Perez. Um belo
trabalho de arte, imagens, direção e trilha sonora de
excepcional qualidade. O elenco só merece elogios, todo ele, sem exceção. A atuação de Bruno
Gagliasso e de Débora Falabella foram memoráveis; se com Nina de Avenida Brasil a atriz arrasou, com
a frágil e fragmentada Ray ela abalou. Dupla Identidade entrou para a história da televisão
brasileira, sem dúvida. Pelo visto vem a segunda temporada por aí.... pois que venha!!!
Psicopatas são diferentes de outros criminosos, inclusive na prisão
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