OS PRESENTES DE GREGO PARA SÃO PAULO EM SEUS 461 ANOS
Janeiro chega ao fim. O primeiro mês do ano se
despede, deixando atrás de si, um país cheio de dúvidas e incertezas. Aliás, a única
certeza é a de que o Brasil precisa fazer um saneamento na política, urgente.
São Paulo, a maior cidade da América Latina, a quinta
dentre as maiores cidades do Mundo, uma senhora de 461 anos comemorados no
último dia 25, não é diferente. Está inserida nesse cenário de calamidade que
os brasileiros vivem: crise energética a caminho, racionamento de água
iminente, calor insuportável, Bolsa de Valores em queda livre por conta de uma depauperada
Petrobras (a maior e próspera empresa do país, orgulho nacional, até um partido político saqueá-la para perpetuar-se no poder); aumento
das tarifas públicas, transporte público precário, rede hospitalar... essa
então nem se fala, chuvas de verão causando alagamentos e enchentes que o concreto
da cidade não consegue absorver.
Nem
o tradicional bolo gigante do Bixiga entre a Rua Rui Barbosa e a Praça Dom
Orione, que já fez parte das comemorações da cidade, tendo entrado até para o
Guinnes Book, foi capaz de sobreviver. Pereceu. Acabou. A cada ano se tornava
um metro e meio maior, em função da idade da São Paulo da garoa, que nem garoa
tem mais; o verde está desaparecendo lentamente, sendo engolido pelas torres de
concreto armado, levando com ele a garoa de sua paisagem.
É...
em seus 461 anos, não teve o “Parabéns a Você” no Bixiga.... tão próximo à
Avenida Paulista, “a mais paulista das avenidas”...
Aliás,
dói no coração ver o presente de grego que o Prefeito, Fernando Haddad, legítimo representante
do partido que está arruinando este país, deu aos paulistanos neste aniversário:
a destruição da Avenida Paulista, tida como um dos cartões postais da cidade.
Tudo para implantar uma ciclovia, que leva do nada a lugar nenhum, e que tem um impacto desastroso sobre o trânsito diário da região: carros, motociclistas, pedestres
e até o meio ambiente. Numa cidade cada vez mais carente de verde, as belas
jardineiras do canteiro central da avenida estão sendo retiradas para dar lugar às bikes,
que só existem na imaginação de alguém que não conhece a capital paulista.
É
impressionante como quem ocupa cargos públicos não sabe administrar e nem
governar em prol do povo. Não sabe dialogar e muito menos conhece as
prioridades, como o que venha a ser mobilidade urbana. Simplesmente se deixa levar pela
vaidade e delírio de imprimir sua marca e nome ao fazer algo que outros ainda
não fizeram. Ora, se outros Prefeitos não fizeram as tais ciclovias, alguns com formação e reconhecida experiência em
Engenharia e numa época onde a locomoção urbana não era tão problemática, é
porque isso está mais pra lenda urbana do que para solução.
Irá
se gastar uma fortuna na implantação dessa ciclovia na Avenida Paulista (como já se fez sem
planejamento em outras regiões), para ficar sem uso e às moscas. São Paulo não é
Amsterdã. Lá a cidade está estruturada com vias especiais, ruas planas e até
bicicletário. Aqui, as ciclofaixas foram pintadas aleatoriamente em calçadas e em ruas
esburacadas (dificultando não apenas o tráfego de pedestres, mas dos próprios ciclistas), só porque o Prefeito - em uma atitude megalomaníaca, digna do seu "padrinho político" - se propôs a entregar 400kms para as
bikes, esquecendo-se das motos, carros e transporte público, e, de pesquisar
e consultar os moradores dos bairros. O que já era ruim: os congestionamentos, ficou
pior ainda. Esta não é a cidade das bicicletas, mas das motos, que agora ficam
achatadas e comprimidas entre os carros e os ônibus, aumentando o risco de
acidentes e de retrovisores quebrados. Há cerca de um milhão de motos
circulando em São Paulo.
A
Avenida Paulista, além de ser importante centro financeiro, com as principais e mais importantes
instituições bancárias em seu entorno, é importante ponto de ligação com os principais
hospitais do país e da América Latina.
Como
o Sr. Haddad pretende que os pacientes sejam transportados doravante: em macas
atreladas a bicicletas? E o Presidente da FIESP e executivos da região, que
cheguem pedalando (suados em dias de calor e encharcados em dias de chuva) para
suas reuniões com altos executivos estrangeiros?
Não
é reduzindo a faixa de rolamento para as motos e os automóveis e, tirando os canteiros centrais, diga-se, ilhas de segurança para os pedestres (agora para as bikes, olha que lindo!), que os
problemas de locomoção da cidade serão resolvidos.
O
que os paulistanos necessitam é de um transporte público digno, eficiente,
confortável e barato. Não seria muito mais eficaz e sensato, investir o que
está sendo gasto nessas ciclovias na renovação da frota de ônibus, colocando
mais carros em circulação para que as pessoas não sejam transportadas feito
gado como vem sendo, com o mínimo de conforto em seus assentos e ar condicionado
para os insuportáveis dias de calor, ao invés de aumentar as tarifas (outro
presente de grego no aniversário da cidade) e reduzir o espaço dos veículos nas ruas para prestigiar o tráfego de
bicicletas, que não é o transporte que a população utiliza? Façameofavor!!!
Além
do mais, cadê os bicicletários???? Na remota e esdruxula hipótese de uso das bikes pela
população, o que as pessoas farão com elas ao chegarem à escola, trabalho,
reunião, consulta médica? As colocarão no bolso do casaco? A falta de planejamento e a
gastança em inutilidades é vergonhosa! Atente-se que quando da recente modernização
das calçadas da Paulista, dinheiro (nosso, do povo que paga os impostos) foi
gasto na troca dos postes de iluminação, relógios digitais, jardineiras nos canteiros centrais, que hoje estão vindo abaixo.
As
ciclovias só são utilizadas por alguns aos finais de semana para o lazer. Fato.
São Paulo é uma cidade que não dorme, as pessoas tem horário para seus
compromissos, não é movida a pedaladas, mas em ritmo de Fórmula1. Quem
desconhece isso, nunca estará apto a gerir uma cidade como esta. Administrar
não é improvisar.
É
só dar uma voltinha pelo centro da cidade e arredores da Avenida Paulista onde
as ciclovias já foram implantadas, para verificar que elas não passam de
espaços ociosos numa cidade que clama por áreas urbanas para organizar-se e
facilitar o trânsito e o deslocamento de quem trabalha, estuda e produz.
O
dinheiro dos altos impostos pagos: IPTU, ISS, IPVA... devem ser empregados em benefício da população. Aliás, que historia é essa de que a Prefeitura de São
Paulo gastará cerca de R$ 2 milhões dos cofres públicos em 2015 para pagar mesada de R$ 840,00 a travestis e transexuais da cidade. Oiiiiiiii???? Agora foi criada a Bolsa Travesti???? Também quero a minha Bolsa Hetero!!!!! Que medida mais
estapafúrdia é essa???? Não bastasse a Bolsa Cracolândia!?! Dar dinheiro mensal
a quem é viciado em drogas, ao invés de interná-lo e tratá-lo em clínicas
de tratamento e recuperação. Parece piada, mas não é.
Bolsa
Traveco???? A troco???? Esse povo não trabalha, não???? O que os impede de suar
a camisa como a maioria dos que pagam impostos e essas benesses???? Vai vendo.... Outro presente de
grego para a cidade no mês de seu aniversário!!!!
É
por essas e outras que tem gente que quando não se reelege, depois, não consegue votos nem em eleição pra síndico de prédio. Claro que dependendo do partido ao qual a
pessoa pertença, sempre poderá cavar uma boquinha, como aconteceu agora em São
Paulo. Neste mês de janeiro, Secretários foram substituídos para dar a vaga
àqueles que não conseguiram se eleger ou para fortalecer alianças (PT-PMDB-PSD),
com o propósito de inviabilizar candidaturas adversárias à reeleição de 2016:
Eduardo Suplicy, derrotado ao Senado, foi parar na Secretaria de Direitos
Humanos e Cidadania (uma forma de prêmio de consolação por ele andar se queixando de que não teve apoio do partido em sua candidatura e de acalmá-lo, uma vez que a Marta
Suplicio, digo, Suplicy, já andou fazendo muito estrago por aí); Alexandre Padilha,
candidato do PT que amargou um inexpressivo terceiro lugar na disputa ao
Governo de São Paulo, foi indicado para a Secretaria de Relações Governamentais (sério, não faço
a menor ideia do que possa ser essa Secretaria); Gabriel Chalita (PMDB) que nas últimas eleições decidiu não concorrer a um novo mandato de deputado federal, ante as investigações em onze inquéritos criminais, quando um “ex-colaborador”
o acusou junto ao Ministério Público de cobrar propina de empresas fornecedoras
da... Secretaria da Educação (ele sempre negou as denúncias), agora foi indicado para assumir... a Secretaria de Educação.
Todas essas
mudanças sob a batuta e o aval do Lula, presentinhos para o povo paulistano da dupla LULADDAD. Que maravilha o compadrismo!!!! Esse
rearranjo mais as tratativas com o PSD (de Gilberto Kassab), para que também
integre a equipe de “governo”, objetiva melhorar a avaliação e reduzir a
rejeição do Prefeito, fortalecendo a sua imagem para as próximas eleições. Afinal, o pífio desempenho do PT em São Paulo nas últimas eleições, bem como, do Padilha em sua candidatura ao Governo do Estado,
ainda não foi digerido pelo partido e nem pelo cacique-mor.
No
entanto, penso que a imagem e a avaliação melhorariam se houvesse uma reforma
administrativa na Prefeitura de São Paulo com o enxugamento da máquina pública e de algumas Secretarias,
que não passam de “moeda de troca” entre partidos.
Falando
em moeda de troca e em enxugamento do que é peso morto... Ok que empreiteiras e
construtoras contribuam para o caixa de campanha dos candidatos, todos sabemos
disso, aliás, o assunto não sai das páginas policiais e do noticiário nacional e até internacional ultimamente, a Operação
Lava Jato está aí para nos lembrar disso e envergonhar mais um pouco, não é mesmo? Agora, saber que
o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural
e Ambiental da Cidade de São Paulo), veja bem: Conselho Municipal, que dentre
outras funções, tem a de cuidar, preservar e defender o Meio Ambiente, aprovou um projeto para
a construção de três torres no terreno do Parque Augusta, isso é no mínimo bisonho. Olha que presentão de aniversário pra cidade!!!
Para
quem não sabe ou conhece, o Parque Augusta é uma das poucas áreas verdes da
região central da capital, que conta inclusive com espécies nativas da Mata
Atlântica, e, que - por milagre - sobreviveram a séculos de expansão urbana. E podem não sobreviver ao (des)governo petista.
São
Paulo é uma selva de concreto armado; essa área arborizada, assim como outras poucas e
raras, é um oásis para uma cidade que quando chove, fica debaixo da água, porque
não tem mais a terra para absorvê-la e os bueiros não dão conta. Ora, a meu
ver, um Conselho que cuidasse da “Preservação Ambiental”, deveria zelar pela
proteção desses poucos redutos verdes, que são pequenos bosques e bálsamos, em meio aos
arranha-céus que dão forma à cidade. Manter e custear um Conselho que ao invés de cuidar, autoriza o corte de árvores, pra quê????
Será
essa a herança que queremos quando a cidade comemora apenas 461 anos? Será preciso levar tão a sério e ao pé da letra a máxima “da força
da grana que ergue e destrói coisas belas...” nesta Pauliceia Desvairada?
... E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso...
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso...
Apesar de tudo PARABÉNS, minha querida SÃO PAULO, pelos 461 anos acolhendo pessoas de todo o mundo e por sua grandeza, sendo muitas cidades em uma só!!!!
SHADOW/MARIASUN MONTAÑÉS