sábado, 13 de maio de 2017








LULA - A VERDADE POR TRÁS DA LENDA





As coisas andam estranhas por aqui... Às vezes a sensação é a de que o Apocalipse se aproxima  para que os indignos sejam extirpados da face da Terra...

É atordoante ver que os valores estão subvertidos, que os jovens estão perdidos, que o futuro de um país e quiçá, do mundo, está irremediavelmente comprometido.

O que fazer? Esperar? Seguir adiante? Manter o equilíbrio? A realidade é que o mundo não pára... e por vezes, nos surpreende e faz despertar.

Nesta semana os brasileiros tiveram o prazer de ver o maior ladrão do país, Luís Inácio Lula da Silva, sentar no banco dos réus.

De nada adiantou tentar fazer disso um circo midiático, para pressionar o juiz Sergio Moro e a população do bem. 


Foi patético ver o líder petista com o braço erguido e punho fechado convocando e insuflando seus “apoiadores”, que mínguam a cada dia, a invadirem Curitiba para levar o quebra-quebra e o vandalismo até lá, ou dizer que “iria incendiar o país” por ter que ir depor diante do juiz Sergio Moro. A previsão era que 50mil militantes ocupariam as ruas próximas ao Fórum em suas barracas. Como se viu, não passou de pouco mais de mil desocupados, que ao entrarem nos ônibus pagos pelo PT, sequer sabiam para onde estavam indo e tiveram que se contentar em pernoitar na periferia da cidade. Cidade que o recebeu de grades abertas, como diziam os outdoors espalhados por Curitiba.

A imprensa, por seu lado, deixou muito a desejar ao tratar o acontecimento como uma luta de MMA entre Sergio Moro x Lula, esquecendo que eles não são protagonistas de uma novela global. Ali se tratava de uma audiência entre um réu e um juiz, com a participação ativa de outra parte, o Ministério Público Federal, responsável pela denúncia. Pecou pela falta de informação e sobrou em sensacionalismo.

Não dá. É muita carência para todos os lados!!!

Apesar do carnaval em torno do evento, cumpre esclarecer que sempre se tratou apenas de uma das fases processuais, onde o réu tem a oportunidade de ser ouvido, manifestar-se e defender das acusações. Nesse caso, sobre o crime de ocultação de patrimônio e de recebimento de propina da OAS em troca de contrato com a Petrobras.

Lula estava com medo. Recorreu a várias artimanhas para adiar e protelar a audiência. Instigou as pessoas ao confronto, tratou seu depoimento como abuso de autoridade, colocando-se como se fosse uma divindade acima da lei. Chegou ao cúmulo de dizer que só poderia ser julgado pelo povo, para tentar em vão dar um contorno de perseguição política aos crimes dos quais é acusado. Oi??? A lei ainda é igual para todos neste país. Lula não é diferente do Zé Povo, que ele sempre usou e manipulou para chegar e manter-se no poder.

A Lava Jato, cujo maior mérito é o combate à corrupção e de haver encarcerado empreiteiros e poderosos da República, mais uma vez, mostrou que não se curva diante de chicanas ou pressões.

A audiência com a duração de cinco horas, que aconteceu no último dia 10, foi magistralmente conduzida pelo juiz Sergio Moro. Naquela sala, estava presente também a indignação de um povo traído e espoliado, que nunca deixou de apoiar a Força Tarefa da Lava Jato.


Os dias atuais não estão sendo fáceis. Apesar das investigações da Lava Jato e do sonho dos brasileiros pelo fim dos conchavos e troca de favores entre Executivo e Legislativo, o Governo de Michel Temer continua com as mesmas práticas de seus antecessores, barganhando $$$$ e conchavando com parlamentares, empreiteiros e Governadores para aprovar a fórceps, as Reformas que se propôs a fazer. Esse comportamento abjeto, por sinal, é o que leva ao descrédito as Reformas em fase de votação, porque representa a política velha, que despreza o Estado Democrático de Direito. O que importa é cada um pegar o seu naco de carne, desde que este não seja da carne podre da Friboi. Prova contundente do quanto a corrupção ainda está enraizada no Estado brasileiro.

Talvez por isso, a equipe que dá sustentação à Lava Jato seja vista como o último fio de esperança para as coisas começarem a entrar nos eixos neste país. E o combate à corrupção é o caminho.


Nesse sentido, levar um ex-presidente do Brasil a sentar no banco dos réus, não deixa de ser um momento histórico. E pelo que se viu das delações de João Santana e Mônica Moura, em breve, será outra ex-presidente, Dilma Rousseff, vulgo Iolanda, vulgo Janete, vulgo Vana, a sentar ali.


Pena que a mais Alta Corte do país, o STF, tenha decidido conspirar contra a Justiça e a Lava Jato, as quais deveria defender, ao invés de soltar réus confessos e tentar minar as investigações em curso.

É.... não é fácil mexer com interesses de gente graúda, criatividade não falta aos que querem o caos: descumpre-se a lei, mudam-se as leis... Apenas não muda o caminho percorrido. Políticos corruptos podem até sair impunes, mas a sua política suja terá sido exposta. Essa, a meu ver, é a grande contribuição da Lava Jato até aqui.

E quanto ao depoimento do réu Lula ao juiz Sergio Moro? Se pudesse ser resumido em uma palavra, eu diria que foi: constrangimento.


Constrangimento ao ver o descaramento do réu e da defesa ao responsabilizar e atribuir os crimes apontados na denúncia a dona Marisa Letícia, uma pessoa que sempre viveu à margem do poder e sob o jugo das decisões do marido, falecida há pouco tempo.

Constrangimento ao ver o falastrão dos palanques políticos, contorcer-se na cadeira dos réus, a cada pergunta e documentos apresentados pelo juiz Sergio Moro. Para quem desconhece a importância da gravação em vídeo dos depoimentos, ela está na análise que pode ser feita a partir das reações e postura corporal do réu. Sim, o corpo fala muitas vezes mais que as palavras. É fácil identificar a mentira a partir do tremor, do gaguejar, gole d’água, limpar de óculos, cruzar de pernas... o corpo indica onde as investigações devem se aprofundar. Não à toa, Lula queria mudar as imagens para algo mais panorâmico.


O que se vê também nos vídeos desse depoimento é um juiz firme e seguro, usando e abusando do método socrático, com perguntas curtas, diretas e certeiras, de forma serena e amistosa, para fazer o réu ganhar confiança e soltar a língua. Não deu outra. A vaidade falou mais alto. Apesar dos pedidos do advogado para que se calasse diante de certas perguntas, Lula cujo ego é enorme, acreditando ter o domínio da situação, bateu no peito e entre uma mentira e outra, foi falando falando... caindo muitas vezes em contradição, o que não passou despercebido ao Ministério Público, como se vê em algumas imagens, em especial, quando ele se coloca no sítio de Atibaia e faz de João Vaccari a presença na ausência, durante boa parte do depoimento. Shoooow!!!! Talvez o grande mérito do juiz Sergio Moro nessa audiência tenha sido dar ao falastrão corda na medida certa, para que se enforcasse. Atuação brilhante, diga-se!!!

Assim...
 
Era uma vez a falsa lenda
do “maior Presidente da história do país”lobo em pele de cordeiro, um embuste, que por mais de uma década a muitos enganou, 
um país gigante arruinou e suas riquezas saqueou. Hoje, o encanto se quebrou e a grande farsa se revelou, a recessão, a desesperança e o desemprego deixou.








Shadow/Mariasun Montañés


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