Aqui, nesta terra chamada Brasil, que acolhe descendentes de índios,
negros, imigrantes vindos de todos os rincões do mundo, rica pelos seus contrastes
e diversidade, temos tudo para ser grandes, não fosse o sistema político ser um
cadáver em decomposição.
Estamos a uma semana do segundo turno da eleição para o cargo mais importante do país. Uma eleição estranha. Uma eleição que dividiu amigos, famílias, bloqueou conhecidos nas redes sociais, despertando o lado sombrio e o que há de pior em cada um de nós, sem notar que fechadas as urnas, aquele que pensa diferente, estará lá no dia seguinte.
Estamos a uma semana do segundo turno da eleição para o cargo mais importante do país. Uma eleição estranha. Uma eleição que dividiu amigos, famílias, bloqueou conhecidos nas redes sociais, despertando o lado sombrio e o que há de pior em cada um de nós, sem notar que fechadas as urnas, aquele que pensa diferente, estará lá no dia seguinte.
O ódio e a intolerância parece haver se disseminado entre um povo
pacífico, cordial e amigo. O marketing e a campanha dos candidatos levaram
a isso. É inacreditável!!!
Quando parecia já termos visto tudo nesta eleição, como candidato encarcerado lançando sua candidatura à Presidência, criando a figura do presodenciável; surgimento do cargo de vice do vice de um presidiário; unção de vice da chapa ao cargo majoritário, declarando que irá ocupar o cargo para servir,
não ao povo, mas a um réu preso por corrupção e lavagem de dinheiro; campanha eleitoral no rádio e TV com a presença de preso condenado em duas Instâncias do Judiciário, como se candidato à Presidência fosse, apesar de haver tido sua candidatura impugnada pelo TSE; ONU dando parecer sobre o nosso processo eleitoral e o Ministro Edson
Fachin endossando, em detrimento da nossa soberania e dos nossos Tribunais, TSE e STF; Ministros do STF - a mais alta Corte do país - conflitando e pirraçando em meio a "datas vênias" e salamaleques sobre autorização para realização de entrevista - com fins eleitoreiros - por jornal paulista com presidiário condenado a mais de 12 anos em regime fechado; políticos comunistas - ateus - em campanha, indo à Igreja, comungando e pedindo a bênção ao santo Padre; presidiário desempenhando a função de assessor político no processo eleitoral; PT adotando o verde e amarelo como suas cores ao invés do vermelho; eleitores atuando como marqueteiros de candidatos nas redes sociais... a Superintendência da Policia Federal de Curitiba, transformada em Comitê Eleitoral do PT, isso mesmo minha gente, a sede da Policia Federal!!!
Pois é... quando parecia que nada mais poderia nos surpreender... eis que na reta final das campanhas e diante da iminente derrota no segundo turno, o PT pôs em ação o seu "planoB" e, na base do tapetão, tenta deslegitimar a
eleição perante o país e o Mundo, afrontando a vontade popular. Passou a acusar - sem provas - o seu adversário de fazer o que ele sempre fez por meio de dossiês falsos e marqueteiros como Duda Mendonça, João Santana, Mônica Moura: fraudar o processo
eleitoral.
Não deixa de ser constrangedor ver Gleisi Hoffmann ocupar a Tribuna do Senado
para lançar a ofensiva de que uma "organização criminosa", inclusive com
ramificações internacionais, estaria atuando nas redes sociais para impulsionar
a eleição do adversário e manipular vontades. Esse é um daqueles
momentos, onde a gente lembra da nossa mãe dizendo: "o silêncio muitas vezes é ouro"...
A Folha de São Paulo, por sua vez, acusa empresários de estarem comprando
pacotes de mensagens em massa e utilizando o Whatsapp para desferir uma campanha
contra o PT, cometendo crime de Caixa2. Oi???? O que doações de campanha
ilegais, não declaradas ao TSE, estas sim configurando Caixa2, tem a ver com o
apoio espontâneo a um determinado candidato ou partido?!?
Definitivamente o Brasil não é para os fracos!!!
O que está havendo é que por meio das redes sociais as pessoas ganharam voz, e dentre elas, os empresários, tão demonizados na era lulopetista. O Whatsapp e o Twitter estão sendo usados para compartilhar impressões e mensagens sobre o atual momento político do país e dos políticos. É uma nova forma de debater Política. Isso não constitui crime!!! Até onde se saiba a liberdade de expressão
ainda é uma garantia constitucional. Até onde se saiba... Haja vista que contas
do Whats e do Twitter têm sido rastreadas e suspensas, sem justificativa ou
aviso prévio, em razão do posicionamento político, que cada um tem o direito de
expressar. Isso é censura, meus senhores!!!
Que vergonha!!!
Sinto muito pelo meu país. Ah... segundo o PT e a esquerda, esse meu
sentir, não é meu, não é nosso. Não é da nossa natureza, pensar sentir ou
expressar. Apenas reagir, feito gado, ao que nos é imposto por eles. E ai daqueles que ousarem discordar!!!
A Democracia que essa gente defende é a obrigação de pensar e concordar sempre
com eles!!! Democracia??? Onde???
A verdade é que essas falácias e censura às redes sociais,
representam a agonia e o fim de um sistema exaurido. A apuração do resultado no
segundo turno colocará uma lápide sobre esse partido que tanto mal causou ao
país. Espera-se!!!
Talvez a maior contribuição da Lava Jato até aqui, além, é claro,
de enquadrar vários dos criminosos que saquearam os cofres públicos e de recuperar uma
parte do dinheiro que foi rapinado da Saúde, Educação, Segurança... tenha sido
a de dar uma nova consciência política ao povo. A certeza daquilo que não queremos.
E o que não queremos é continuar a ser governados por políticos corruptos, que
acabam enlameando e desacreditando a classe política, ameaçando as Instituições
e enriquecendo a custas do sofrimento da população.
Essa gente que está no Whatsapp e nas redes sociais fazendo
campanha para um candidato, não é remunerada por isso. Não faz parte de uma
organização criminosa. São pessoas indignadas, cansadas, raivosas e revoltadas diante da corrupção e dos desmandos que assolaram e quase arruinaram o país. Algo que tem surpreendido aqueles que sempre pagaram,
e pagaram caro - de blogs sujos à imprensa escrita e falada - para impor suas
vontades e supremacia.
Como isso é possível??? Como tantos podem estar falando a mesma
língua nas redes sociais???, atônitos se perguntam.
Há décadas o lulopetismo construiu uma Torre de Babel em torno de
um falso mito, para que os brasileiros não se entendessem. No caos é que
governos como o do PT triunfam e sempre triunfaram. A intolerância e a divisão não são
nossas, foram fomentadas.
É bíblico. Em Gênesis, as Escrituras relatam que tão ou
mais forte que o Dilúvio, é a união do homem em torno de um mesmo propósito ou
objetivo. Para afastar uns dos outros e confundi-los, basta destruir-lhes a
comunicação, a linguagem.
Foi assim que a esquerda nos afastou e separou. Por meio de
um discurso desagregador: “nós” x “eles”, ricos x pobres, empregador x
trabalhadores, elite x proletariado, coxinhas x mortadelas.
Levantando muralhas de ódio, eles subiram e garantiram o
poder por mais de uma década e planejavam perpetuar-se por mais e mais décadas.
Fingindo uma solidariedade e empatia que nunca sentiram. Fazendo promessas vazias.
Usando o Estado para produzir desemprego e penúria. Dilacerando a educação e o
conhecimento para embotar mentes, cegar juízos, e assim continuar reinando.
Os brasileiros encontraram nas redes sociais uma forma de
aproximar-se e de resgatar a comunicação. De partilhar a amargura e a
frustração por ver este país gigante agonizar diante dos desmandos e da cobiça.
Ideias e sentimentos aprisionados por décadas encontraram
vazão, de forma passional, intensa, da política... até o infortúnio...
No entanto, essas pessoas não estão vendo o óbvio: o que faz
com que o PT ainda respire, é a dicotomia, a rivalidade entre “nós” e “eles”,
que transforma o legítimo desejo por mudanças na política, num aguerrido cabo
de força, permitindo que o seu contrário cresça e se fortaleça. Enquanto houver um abismo nos separando, lideranças velhacas e
carcomidas continuarão a insuflar, tentando acender o fogo da discórdia para escapar
da putrefação... ou ascender como a única salvação.
Estamos vivendo e iniciando um novo ciclo. A anterior
República pereceu. Isso ficou muito claro no resultado das urnas e na renovação
havida no Senado, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas para os
próximos anos. As redes sociais foram decisivas nesta eleição. Vimos o
surgimento de uma nova forma de se falar e debater sobre Política. Portanto, é
chegado o momento de cobrar do futuro Presidente eleito, com a mesma paixão, as
Reformas, os Ajustes, o corte de privilégios, a redução do Estado, de Ministérios e de partidos, tão necessários para o bom
funcionamento do país. Porque disso muito pouco se sabe até aqui.
A motivação da maioria do eleitorado e da movimentação nas
redes sociais é impulsionada para que o maniqueísmo lulopetista seja extirpado, e não por uma
demonstração de apreço ou de apoio ao candidato de direita, mesmo que isso represente dar um salto para o incerto.
Aonde isso nos levará... só o tempo dirá... Mas, uma coisa é
certa: após esta eleição, não mais seremos os mesmos.
Shadow/Mariasun Montañés
AS TEMIDAS REDES SOCIAIS NA ELEIÇÃO DE 2018 de MARIASUN MONTAÑÉS está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.